Posso reclamar de um monte de coisas nesta vida, menos do Papai Noel. Quase todo ano ele me faz uma boa surpresa, geralmente uma viagem legal. Em dezembro de 2012 fui rodar de Dodge Viper nos Estados Unidos (leia O novo Viper e mau velhinho). No final do ano passado, meu presente, já como “bom velhinho”, foi uma viagem a Los Angeles: só ir à Califórnia já é um presentão, ainda mais neste caso, que o convite foi da Porsche e lá se foi o tio para fazer materinhas para a Folha de S. Paulo, sobre a pré-estréia do novo utilitário esporte da marca esportiva alemã, o Macan, no Salão de Los Angeles. Para quem não está habituado, os salões americanos são bem diferentes dos europeus e até do nosso. São vários salões (Chicago, Los Angeles, Nova York, Detroit...) e assim as novidades ficam diluídas.
O melhor ainda fica, só por uma questão de tradição, para o Salão de Detroit, já que hoje o estado de Michigan não é mais uma capital real do automóvel nos EUA e a Motown (Motor Town, ou cidade dos automóveis) lembra mais o lendário selo da gravadora de soul music de Detroit. Mesmo assim, os fabricantes preferem guardar o melhor para Detroit. E o Salão de Los Angeles realiza-se apenas algumas semanas antes de Detroit. A Porsche usou uma bela estratégia: fez uma dupla pré-estréia do Macan, no Salão de Los Angeles e também no Salão de Tóquio, que ocorrem nas mesmas datas. Resultado: na mídia internacional só deu Macan em dezembro, já que o Salão de Los Angeles foi meio Nélson Rodrigues: “Bonitinho, mas ordinário”, sem outros grandes lançamentos. E o Macan foi realmente uma pré-estréia: todo mundo se abundou no utilitário, mas ninguém rodou com ele.
Conjunto motriz do Panamera com V-6 biturbo e câmbio PDK de sete marchas |
No comments:
Post a Comment