O difícil de escrever no AUTOentusiastas é que não se pode brincar. Tem leitor que bronqueia – dizendo que “eu falto com o respeito”, como diria meu santo avô. Ou pior, alguém acredita na brincadeira. E desta vez foi próprio Bob, o Mister Sharp. Fiz a piada sem graça de que havia sido promovido à especialista em carro chinês e o Bob achou ótima a idéia. E a história foi se espalhando: até o Edu Picingher, o assessor de imprensa da JAC, passou a me chamar assim, de jornalista especializado em China.
E lá se foi o Tio Silveira, de São Paulo para Itu, ida e volta, onde as coisas são grandes, rodando com uma coisa grande da JAC, o T8, vulgo Jacão, com todo respeito. Qualquer elemento sobre rodas com mais de cinco metros de comprimento (o T8 tem 5,10 m) merece o aumentativo, como o Galaxão, já que nosso saudoso Galaxie, com 5,33 m, também passa desta barreira de comprimento.
Mister JAC, vulgo Sérgio Habib (que comanda a marca chinesa no Brasil) não tem nada de tonto, como já disse aqui. Assim, com a aposentadoria da Kombi, ele logo alinhou a JAC entre as marcas que querem apresentar um substituto para o velho e querido Pão de Forma made in São Bernardo.
Não deixa de ser uma boa tentativa para uma marca que não consegue vender o que poderia. A JAC tem uma cota de importação anual, sem pagar o super-IPI de 30 pontos porcentuais adicionais, de 20 mil unidades, no entanto só vendeu 16 mil em 2013. Assim, Habib procura novos produtos para usar melhor sua cota. E aí surgiu o T8, que ele próprio classifica de multivan. Sempre segundo Habib, é um veículos sem concorrência, somente comparável à VW Caravelle, que foi importada no final dos anos 1990. Aliás, a Caravelle se tornou Multivan na Europa, exatamente a nomenclatura que a JAC usa para seu T8.
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