Friday 31 May 2013

VELOCIDADE, "OS BONS PAGARÃO PELOS MAUS"

Charge publicada no Diário de Pernambuco

A frase do título é de autoria desconhecida, mas no assunto trânsito tem sua validade mais uma vez confirmada.

Quem já não se sentiu injustiçado por uma multa que aparenta ser absurda, ou indignado com alterações feitas pelos departamentos de trânsito Brasil afora que contribuem para piorar o fluxo de veículos ?

Como será que a horrenda situação atual, onde somos filmados e fotografados a todo instante surgiu e se desenvolveu? Por que será que há muita tecnologia empregada para fazer valer limites de velocidade e comportamentos dentro das leis de boa conduta do trânsito?

Essas poucas perguntas e muitas outras me atormentam, e acredito que incomodem o amigo que gosta de dirigir seu veículo nas ruas, avenidas e estradas, seja em duas, três, quatro ou mais rodas.

CONTINUE LENDO >>>

COLUNA "DE CARRO POR AÍ"





End eletrônico:edita@rnasser.com.br                                    Fax: (61) 3225-5511  Coluna 2213  29.maio.2013

Começar de novo. Os motores com três cilindros
Quarenta e cinco anos e muitos meses após findar a produção dos motores 1,0 com três cilindros, a Volkswagen volta a fazê-los. Os de boa memória e os versados em indústria automobilística nacional lembrar-se-ão dos engenhos de origem DKW aqui lançados pela Vemag, assumida e fechada pela Volkswagen. Mas a semelhança aí se encerra. Os pioneiros, resistentes, simples, operavam no ciclo de dois tempos. Os atuais, em 4T, apesar da mesma cilindrada, tem 4 válvulas por cilindro – os anteriores as dispensavam –, injeção direta de combustível, e produzem aproximados 80 cv. Os outros, em torno de 60 cv. Em torque, respectivos 8,5 e 9,6 kgfm – tremendo ganho.
Novo ciclo
No atual ciclo da indústria automobilística, quando os advogados das ONG e das áreas de governo ligadas à ecologia e ao planejamento definem regras para consumo e emissões dos combustíveis, obrigam a engenharia interpretá-las e dar solução. Motor de três cilindros é a resposta física às normas legais.
A VW iniciou fazê-los em sua fábrica em São Carlos, SP, em projeto de ascensão institucional, e para tracionar seu produto de começar de novo, o Up! Mas os 3 cilindros estão no mercado há algum tempo: o Kia Picanto e sua releitura, o Hyundai HB20 os utilizam tais deslocando 1 litro.
A demarragem vwana é no Fox. Tem porte adequado, veste-o bem, dá-lhe empurrão e sobrevida. No Up! ao final do ano.
No geral
VW larga na frente – com seguidores. Ford testa-os para produzir a curto prazo. Em longo, franceses PSA Peugeot Citroën, e Renault, revisaram os atuais para delongar sua vida útil. Fiat, no extremo, com dois cilindros.
Não é restrita ao Mercosul. Nos EUA, GM aplica US$ 332M para novos 3 e 4 cilindros, base da nova família Ecotec – e diz, para o mítico e luxuoso Cadillac; Ford o produz com EcoBoost – nos EUA é o turbo – e o aplica ao Fiesta e tenta no Focus. Mercedes negocia acordo de cooperação com a Ford: recebe a tecnologia do motor 3-cilindros, em troca da aplicada em seus motores da Classe E, da combustão estratificada, redutora de  consumo.
Desenvolve motor para o Smart no acordo com Renault e Nissan. Na prática estas marcas te-lo-ão operacionais a curto prazo. Será uma ONU – ou uma babel – mecânica, coisa à altura do Roberto Azevêdo nosso respeitado embaixador na OMC: alemães da Daimler, franceses da Renault, japoneses Nissan, estadunidenses Ford, falando alguma língua estabelecida como comum e todas as perdas de tradução – que sorte não haver chineses nesta mesa...

CONTINUE LENDO >>>

Thursday 30 May 2013

APERTO FAZ PARTE DA VIDA




O título do post pode parecer alguma coisa ligada a aperto financeiro, mas não é nada disso e nem se trata de pegadinha. É sobre aperto de porcas e parafusos. Aliás, falando de aperto, isso me lembra o que avô de amigo leitor lhe ensinou sobre com que força se deve segurar o volante de direção: considere-o um passarinho, em que se apertá-lo pouco, escapa e sai voando, se apertá-lo demais machuca-o ou mesmo mata-o.

O aperto de peças rosqueadas está em praticamente tudo à nossa volta. Faz parte da nossa vida. Outro dia meu dentista estava me explicando o processo de implante dentário, em que é colocada uma bucha no osso da arcada. Depois de aberta rosca com um macho, a bucha é rosqueada e apertada – com um torquímetro em kgf·cm (e não kgf·m), portanto um torque de aperto e um torquímetro bem pequeno. Nem mais nem menos, tem de ser um torque preestabelecido, ou o trabalho fica arruinado.

Outro dia minha mulher não conseguia tirar a tampa de uma garrafa de PET de Coca-Cola: torque de aperto excessivo na fábrica.

Às vezes determinadas tampas vêm com aperto excessivo
CONTINUE LENDO >>>

Wednesday 29 May 2013

FORD NEW FIESTA NACIONAL


O Ford New Fiesta com motor 1.6 Sigma TiVCT é o carro nacional cujo conjunto mais me agradou. Para o meu gosto ele é o que tem o melhor chão, boa ergonomia e uma das melhores relações entre peso e potência, alguns dos atributos que dou, pela ordem, mais valor em um automóvel. Além do mais gosto do tamanho dele: compacto, pero no mucho. Seu único porém fica para o aperto e o desconforto para quem vai no banco traseiro, mas até aí tudo bem, já que o Mustang, quando foi lançado em 1964, também tinha esse problema e mesmo assim foi um tremendo sucesso. O mesmo ocorreu com o Maverick aqui.

Único defeito: pouco conforto e espaço no banco traseiro
Vamos, caro leitor, sair juntos no carro; seguindo o passo a passo da coisa. Primeiro você tem que se ajeitar ao volante. O banco do motorista tem regulagem de altura, é anatômico e suporta toda as nossas costas. O volante tem ampla regulagem de distância e altura. Sobre os pedais pouco posso dizer, pois o New Fiesta que me veio tem câmbio roborizado, portanto, tem só dois pedais, e com ele não há necessidade, nem há como, de fazer punta-tacco. Pedais, OK, portanto. O volante tem boa empunhadura e há um encaixe para as mãos quando o seguramos na posição “15 pras 3”. E pronto! Não sei quanto ao leitor, mas eu ajeitei muito bem meus 1,80 m e 73 kg ali e me senti confortável. Viajei com ele e nem pensei em mudar a posição de encosto etc, e isso é bom sinal, pois quando a gente fica toda hora mudando a posição é porque nenhuma delas é boa.
CONTINUE LENDO >>>

Tuesday 28 May 2013

ADAC 24 HORAS RENNEN NÜRBURGRING – A CORRIDA MAIS DIFÍCIL DO MUNDO


Entre os dias 19 e 20 de maio, o circuito de Nürburgring recebeu mais de 170 carros. Todos estes aventureiros estavam inscritos no evento oficial mais esperado do ano na Alemanha, s 24 Horas de Nürburgring. O nome oficial da prova é ADAC 24Hs Rennen Nürburgring, onde ADAC (Allgemeiner Deutscher Automobil-Club) representa o autoclube europeu de maior importância, e organizador da prova.

Este ano, quem levou o troféu para casa foi um Mercedes-Benz SLS AMG, similar aos modelos da GT3 que correm aqui no Brasil. Por incrível que pareça, esta foi a primeira vitória de um Mercedes no evento que carrega anos de tradição.

Provas de longa duração não são novidade alguma, este próprio evento alemão tem sua história, mas podemos dizer que é um caso à parte, diferente de todas as outras corridas similares.
 
O Mercedes-Benz vencedor de 2013

CONTINUE LENDO >>>

Monday 27 May 2013

MOTORES NÃO QUEBRAM MAIS


Outro dia precisei analisar alguns grandes-prêmios de F-1 para um trabalho que estou fazendo e fiquei surpreso com a quantidade de abandonos por quebra de motor. Havia até me esquecido disso. Logo me veio à lembrança a imagem de motores quebrados, "explodidos", quase sempre acompanhados sempre de fogo e muita fumaça de óleo, como na foto acima. Ainda ontem tivemos no GP de Mônaco uma dessas cenas, mas foi quebra do câmbio, não do motor, no Catherham-Renault do francês Charles Pic. Nas reportagens sobre Le Mans que eu, adolescente, lia, era comum a causa de carros deixarem a prova "piston cassé", pistão quebrado.

Era comum se ver carros começarem a fumacear pelo escapamento, prenúncio de iminente quebra, duas ou três voltas mais tarde, dependendo da extensão da volta. Outra constatação da saúde dos motores atuais é raramente ser exibida a bandeira de pista escorregadia por motivo de óleo derramado. Óleo na pista é o maior inimigo do piloto, tanto que há décadas, por força do regulamento técnico de todas as categorias, os respiros do sistema de lubrificação do motor e do transeixo devem levar os vapores de óleo a um reservatório existente para essa finalidade, bem como durante a corrida o reabastecimento de óleo é proibido.
CONTINUE LENDO >>>

Sunday 26 May 2013

QUILÔMETROS POR LITRO OU LITROS POR 100 QUILÔMETROS?

Foto: grandsiena.blog.br 


Uma das coisas que me incomoda é ler ou ouvir "o consumo do carro tal é de tantos quilômetros por litro”. Embora todos saibamos o que isso significa exatamente, temos noção exata do que seja, na verdade não é correto. Pensando bem, dizer que o consumo é, digamos, de 12 km/L é errado porque não se trata de quanto o carro consome, mas o quanto ele roda com 1 litro.

Americanos falam em fuel economy, economia de combustível, o que, convenhamos, não tem nada a ver. E aqui no Brasil já li até “autonomia” em algum lugar.

Fuel economy, milhas por galão, mpg
Os europeus usam a forma correta de volume de combustível gasto para percorrer determinada distância, tendo-se convencionado que essa distância é de 100 quilômetros, no caso, litros por 100 km. A noção de consumo é imediata para eles, tanto quanto para nós são os km/L, embora sem exprimir a realidade. O padrão L/100 km é usado também em países sul-americanos como Argentina e Chile.
CONTINUE LENDO >>>

Saturday 25 May 2013

TRIUMPH BONNEVILLE T100



Acho que mesmo o mais isento dos jornalistas pode ter suas preferências, desde esclareça que esse é um gosto pessoal, e que não fique, através de subterfúgios, tentando fazer a cabeça do leitor. 

Pois então, a Triumph Bonneville T100 é a minha moto preferida. Gosto de todas a motos. Moto é moto. Moto é montar numa máquina e sair por aí tendo um momento só meu, passeando e tomando vento a céu aberto. É isso o que eu gosto e isso toda moto proporciona. Tenho moto desde os 11 anos e nunca fiquei sem uma.

Nesses 45 anos tive um bocado de motos diferentes, de fracas a fortes, de novas a escangalhadas, e todas me trouxeram essa brisa que desanuvia o cérebro e me é necessária. Toda moto me faz bem, portanto, mas estou aqui falando da moto que mais me fez bem, da que melhor casou com o que desejo desse tipo de máquina. Não estou aqui preconizando que a Bonneville é a melhor moto do mundo, mesmo porque não há uma melhor. Só estou dizendo que achei a minha.


CONTINUE LENDO >>>

Friday 24 May 2013

SPADA CODATRONCA TS



O Spadaconcept é um estúdio de estilo (ou de design, como muitos preferem) italiano. Apesar da grande experiência em indústria automobilística dos proprietários da empresa, não haviam feito um carro próprio com seu nome, e em 2008 resolveram essa pendência com eles mesmos ao apresentarem ao mundo automobilístico o Codatronca TS, um carro insanamente impressionante, com mecânica Corvette. Em 2011 a versão aberta, roadster, foi apresentada e batizada de Codatronca Monza.

O interessante aqui, além do carro, é que os donos da empresa são pai e filho. O filho é Paolo Spada, o estilista do Smart, o mundialmente simpático carrinho-miniatura, um brinquedo para bolsos abonados no Brasil, mas uma alternativa de transporte de preço razoável em lugares do mundo onde o cidadão é mais bem remunerado, menos roubado pelo governo ou ambos simultaneamente. Paolo também trabalhou na Honda, para constar.

Mas o TS Codatronca foi em grande parte idealizado pelo pai de Paolo, Ercole Spada, que trabalhou no estúdio Zagato em dois períodos, na Ghia, no I.DE.A Institute e na  BMW.
CONTINUE LENDO >>>

COLUNA "DE CARRO POR AÍ"


End. eletrônico:edita@rnasser.com.br                                   Fax: (61) 3225-5511  Coluna 2113  22.maio.2013

Inovar-auto. Outra regulagem
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, apertou uma volta num parafuso e fez o contrário em outro. No hipotético carburador oficial: ao mexer na mistura líquido-ar, teve que acertar a marcha-lenta. Por aí.
O aperto aumentou o número de etapas industriais. Cumprindo, as empresas aderentes ao projeto oficial ficarão livres da imposição de 30 pontos percentuais sobre o IPI dos veículos importados, tendo maior chance de competição no mercado. A volta solta é o aumento de prazo para habilitação ao projeto, de 31 de maio, esticado a 31 de julho.
Outras regulagens: só o MDIC bota a mão no negócio. O Ministério da Ciência e Tecnologia recebeu agradecimentos pela parceria, e foi excluído. Também, importação favorecida apenas por empresa com vínculo formal com o fabricante. E, força a adesão das fabricantes ao programa de etiquetagem aferidora de consumo. Há fabricantes que não se inscrevem, boicotando o programa, uma referência para o consumidor.
Pontualmente automóveis deverão atingir, ainda este ano oito das doze etapas produtivas. Caminhões, nove entre catorze.
O governo se assustou ao receber informações que o Brasil vinha se desindustrializando, comprando, por exemplo, latas estampadas no exterior, apenas para soldá-las localmente, montando produtos com motores e transmissões importados. Dávamos empregos aos coreanos. Daí cobrar maior nacionalização nos processos.
A medida forçará as marcas indecisas a se pronunciar. Caso da Land Rover/Jaguar.

Para isentar o adicional do IPI, governo exige maior nacionalização

CONTINUE LENDO >>>

Thursday 23 May 2013

Tesla's Distribution Challenge

...the issue isn't whether Tesla's distribution approach is legal, it's whether it's sensible...
Tesla is distributing its battery electric cars directly, rather than through franchised dealers. That's raised a hulabaloo from NADA and dealers about legality. Texas is one large market in which Tesla may be stymied for several years; its attempt to get legislation that would permit direct sales is dead this legislative season, and the next session isn't for two years, until 2015. Barring judicial support, that's a long wait in a large market. There may be room to do so, since the firm has no franchised dealers in any state, hence the idea that it is undermining dealers protected by franchise agreements has no merit. Be that as it may, taking the issue to the courts takes time, and Tesla would like to become a volume manufacturer sooner rather than much later. Time will tell, but time is not in their favor.
The real issue, however, isn't whether Tesla's distribution approach is legal, it's whether it's sensible. In his visit to Lexington to speak to my Economics 244 students, David Ruggles posited that it's ultimately unworkable. Let me make a few points in that direction; interested readers might find the Dicke chapter cited below of interest, and hopefully David will add his thoughts.
    1. For a firm seeking to expand, dealerships are the cheapest available source of finance. We can ignore the up-front fees to purchase franchise rights (at issue in the failed attempt of Mahindra & Mahindra – or maybe primarily the serial entrepreneur Malcolm Bricklin – to set up a dealerships to sell trucks imported from India). That's really small stuff, from the perspective of the financial needs of a car assembler. Much more important is that a dealership pays for new vehicle inventory, signage and replacement parts inventory and provides the necessary real estate. That is a crucial source of working capital for a manufacturer, because the factory is paid cash when a car rolls off the assembly line, whereas parts suppliers are paid a month or three (and workers a week or two) in arrears. Remember, too, that dealerships frequently hold two month's of inventory. Under its current structure Tesla will need to fund that directly.
    2. It may not be a big issue when they restrict themselves to a low volume of hand-assembled cars. It won't be trivial when they want to run a proper assembly operation.
    1. Moving to volume business will also require making provision for repairs. That may not be a big issue when its market is limited to a handful of states and is of high-end cars. They and their cars' owners can wait for a technician to be dispatched, or the car transported. That won't work if they want to move away from the supercar end of the market, because their vehicles will be means of transport, not playthings. Would-be purchasers won't want to wait a week or more to get a problem looked at. I think Tesla underestimates the challenge (cost!) of directly developing a dense network of repair facilities.
    2. In the old days, the local mechanic could do the actual work. But as Kevin Borg (a historian of the independent service station at James Madison University in Virginia) emphasizes in recent work, even the most skilled of independent service technicians lacks the training and equipment for working with the computers and high-voltage electrical systems of a vehicle such as a Tesla. To put it simply, they are fundamentally mechanics, experts in traditional mechanical systems, and a Tesla lacks much of the appurtances of an internal combustion engine powered vehicle.
    1. Historically the "factory" has been abyssmal at controlling inventory and even worse at handling tradeins. Think of Ford's disastrous attempt [1998-2001] under Jacques Nasser at Ford to buy up independent dealers and run their stores directly in several markets where state franchise law allowed direct sales (eg, Oklahoma City). Dicke's history of the early days of automotive distribution tells the same story. The bottom line is that the factory bleeds, and the longer it tries, the more money it loses.
    2. Now the rise of multistore dealership groups suggests that at least some people have figured out how to run stores under hired general managers rather than owner-operators. So maybe there is more know-how available. However, such dealership groups – the AutoNation and Penske's of the world – still account for but a small share of total US vehicle sales. I remain skeptical.
Ford in its early days had time to experiment; it wasn't until the early 1920s, after DuPont took over GM, that Ford faced a serious rival. They had time to recover from mis-steps. Tesla won't have that luxury.
...mike smitka...
Dicke, Thomas S. (1992). “From Agent to Dealer: The Ford Motor Company, 1903-1956.” In: Franchising in America: The Development of a Business method, 1840-1980. Chapel Hill: University of North Carolina Press, Chapter 2, pp. 48-84.

ANATOMIA DE UM DESASTRE — OU MEUS DIAS NA GURGEL



Este não é um post comum. Resolvi escrevê-lo depois que alguns leitores pediram, em razão do post sobre os meus três Fuscas. É um post muito longo, sei disso, mas acho-o importante dentro do contexto histórico da Gurgel.

BS

----------------------------------------------------------------------------------------------

ANATOMIA DE UM DESASTRE – OU MEUS DIAS NA GURGEL

Estava na minha sala na Ala Zero da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, onde ficava o departamento de competições automobilísticas que eu comandava, quando vejo pela janela o João do Amaral Gurgel estacionar, havia ido lá falar com alguém. Havia tempo que eu o admirava, tanto pela coragem peito de ter fundado uma fábrica de automóveis, inclusive estar lançando um carro nacional, o BR-800, quanto pela sua cruzada contra o álcool, com a qual eu compartilhava.

Eu havia mandado fazer um adesivo que dava a mensagem "Comida do solo, energia do subsolo. Use gasolina." e vi naquele momento a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente e também lhe dar um adesivo. Saí da sala e fui cumprimentá-lo, dando-lhe um adesivo. Vi que ficou feliz em receber aquilo que era sintonizado com suas idéias e na breve conversa me convidou para ir conhecer a fábrica em Rio Claro, no interior do estado. Pressenti alguma coisa no convite.

Eram meados de novembro de 1988, já estávamos em plena fase Autolatina e minha atividade na Volkswagen estava praticamente encerrada, não tínhamos mais o empenho em pista e rali iniciado com força total em 1984. A minha equipe de mecânicos e técnicos estava ociosa, tanto que ela foi utilizada para a manutenção de cerca de 30 Santana 2000 (motor 2-litros, não o ano-modelo) engajados numa operação chamada internamente de VIP, que era emprestar o carro a personalidades para que o experimentassem. Era nossa função revisar os carros metódica e minuciosamente após terem sido devolvidos, indo ao detalhe de, por exemplo, pré-sintonizar as melhores emissoras de rádio AM e FM, e de cuidar da logística de entregar e apanhar os carros.
CONTINUE LENDO >>>

Wednesday 22 May 2013

O LADA SAMARA QUE TIVE

Foto: bestsellincarsblog.com


Parece incrível que depois do post do MAO de ontem sobre os BMW Alpina, o de hoje seja sobre um carro russo de um segmento totalmente diferente. Mas é que um leitor pediu, após o post sobre os meus três Fuscas, e como sempre, dentro do possível, gosto de atender tais pedidos.

Sim, o leitor pediu que eu falasse do Lada Samara que tive, mas é bom explicar por que tive um, para a história ter sentido.

Muitos devem se lembrar que tivemos uma grande operação Lada no Brasil em 1990, parte do processo de reabertura das importações ocorrida no governo Collor. A fabricante, a VAZ (sigla de Fábrica de Automóveis do Volga, Volshskij Automobilnyj Zavod), estatal russa formada em 1966 com tecnologia Fiat, já tinha presença na Europa Oriental e alguma coisa na região do Caribe, onde havia um grande importador e distribuidor da marca no Panamá. Juntaram-se os interesses dos russos com a do distribuidor e se estabeleceu uma grande operação de importação para o Brasil. Curiosamente, a Renault detém 25% do capital da Lada desde 2008.

Estilo tem "assinatura" de Giorgetto Giugiaro
CONTINUE LENDO >>>

Tuesday 21 May 2013

ALPINA: 50 ANOS DE BMWs EXCLUSIVOS

Fotos: Alpina



“Com a aprovação oficial da BMW, adaptamos a nossa gama de automóveis para as demandas dos conhecedores de carros esportivos – pilotos altamente experientes, que combinam o desejo de potência e desempenho com um gosto pelo luxo e qualidade de vida. Muitas vezes, ao se graduar como dono de ALPINA, depois de uma sucessão de outros carros emocionantes e famosos, esta minoria privilegiada – menos de 2.000 Alpinas são produzidas anualmente – descobre que requinte, conforto, linhas deslumbrantes e velocidade podem sim ser combinados com toda a praticidade no uso diário. Na maioria das vezes, estamos felizes em dizer, é um caminho sem volta, e estas pessoas se tornam nossos amigos para uma vida inteira. ” - (Literatura de divulgação da marca)

Não há como negar que uma tradição seguida com afinco, ainda mais nos dias de hoje, é algo extremamente reconfortante. Esta pequena empresa perdida em uma vilazinha bávara chamada Buchloe permanece fiel a seus princípios por quase 50 anos, feliz em manter seu tamanho e seu volume de negócio inalterado, para não comprometer uma tradição. Parece algo simples dito assim, mas hoje em dia, onde qualquer empresa que não cresça anualmente é tabu, é uma raridade. Que diferença faz um dono mais preocupado com o que construiu, e na sua continuidade, do que em aumentar sua fortuna. E Burkard Bovensiepen, o fundador da Alpina, é este tipo de pessoa.

Herr Bovensiepen parece ser uma pessoa no mínimo interessante. No porão da instalação industrial que produz seus carros está uma das mais famosas adegas de vinho da Europa; um hobby que se tornou um negócio altamente lucrativo. A Alpina Wein é o maior distribuidor de vinhos de qualidade para os restaurantes alemães, e para os amigos de Baco daquele país, claro.

Apesar de bávaro, Bovensiepen não fala o dialeto da região (que os alemães do norte descrevem como sendo “uma doença de garganta, não uma língua”), e sim apenas o rigoroso Hochdeutsch. Além de manter o controle, e um profundo conhecimento de todos os aspectos da sua empresa, ainda tem tempo de perseguir seus outros interesses em um nível quase profissional: a fotografia e a cozinha gourmet. Obviamente uma pessoa que sabe apreciar as coisas boas da vida, e de um viés mais artístico que industrial.

E assim é, como seu fundador, já há quase 50 anos, esta maravilhosa casa bávara, este verdadeiro ateliê de alta costura para gente que entende e gosta tudo que faz os BMW tão especiais, mas tem os meios financeiros para poder levar esta experiência até seu ápice. Uma empresa que consegue melhorar todas as qualidades dos BMW, aparentemente sem compromissos visíveis.

O logotipo da Alpina parece adequadamente heráldico, mas de perto pode-se ver um virabrequim e um carburador
Mais que uma empresa de preparação, a Alpina é reconhecida pelo governo alemão (desde 1983) como um produtor de automóveis, e os carros têm número de chassis (VIN) próprio, diferente dos BMW. Desenvolvidos profissionalmente, as alterações dos carros funcionam como um todo coeso. Um exemplo é a cooperação com a Michelin, que desde o fim dos anos 1980 desenvolve pneus exclusivos para as especificações da marca, garantindo exclusividade desses pneus por dois anos depois do lançamento dos carros.

Hoje, a cooperação que sempre existiu entre a Alpina e a BMW é muito mais estreita, com os engenheiros da Alpina tendo acesso aos novos desenvolvimentos da BMW muito antes deles aparecerem nas ruas, e muitos componentes Alpina sendo montados nos veículos doadores na linha de montagem da BMW. Mas no âmago, apesar das várias fases que a BMW e por consequência a Alpina passaram nesse tempo todo, os objetivos e a personalidade de seus carros permanece, visível desde o primeiro BMW 1500 com kit Alpina, até um moderno B3 Biturbo de 400 cv. E como isso aconteceu é essa história que vamos contar hoje.
CONTINUE LENDO >>>

Monday 20 May 2013

AUTOMATIZADO OU ROBOTIZADO?



Desde que surgiu a Terceira Espécie de câmbio, o robotizado, precedido do manual e do automático, no começo com uma só embreagem e depois passando a duas, vem a dúvida para muitos que escrevem sobre automóveis: robotizado ou automatizado? É claro que qualquer das formas leva o leitor ao entendimento pleno da questão, mas, em nome da precisão, da compreensão correta do sistema, devemos dizer robotizado. É fácil entender por quê.

Um mecanismo que faça as marchas serem passadas sem o movimento de mão do motorista acionando garfos, luvas e sincronizadores  não o faz necessariamente de maneira automática. Esta função é acessória do dito mecanismo, portanto o automatismo por si só não deve definir o tipo de câmbio. Essa é a razão de dever ser dada preferência pelo termo robotizado.

Em outras palavras, um câmbio pode ser robotizado sem ser automatizado (função automática), mas um automatizado não pode prescindir da robotização.

Quadrante de seleção de marchas BMW

CONTINUE LENDO >>>

Sunday 19 May 2013

MEUS TRÊS FUSCAS INCRÍVEIS

foto: thesamba.com



Nos meus onze anos de concessionário Volkswagen, no Rio de Janeiro, de maio de 1967 a julho de 1978, tive vários carros da marca, entre os de motores “a ar” e “a água”, mas três Volkswagen sedã, ou Fusca, me cativaram. Na realidade, a concessão era DKW-Vemag, ainda não havia completado um ano de inaugurada, mas a produção do DKW logo terminou com a absorção da Vemag pela Volkswagen e quase automaticamente passamos a representá-la, recebendo os primeiros carros em abril de 1968.

Vemaguet 63 (flaviogomes.warmup.com.br)
Mas mesmo no período Volkswagen continuei com minha Vemaguet 1963, com modificações como a colocação do dosador automático de óleo Lubrimat, o escapamento primário Wallig/Eberspaecher e, claro, pneus radiais Pirelli Cinturato CF67 155SR15, fora outros detalhes que qualquer dia conto quais. Mas era 1970 e era mais do que hora de passar à nova marca que representávamos. Resolvi partir para um Fusca, o mais lógico, mas havia um problema: cismei que tinha de ter teto solar e a opção no Brasil havia terminado em 1966. A solução foi procurar um Fusca importado.


CONTINUE LENDO >>>

Saturday 18 May 2013

BMW 335i E OUTRAS OPÇÕES


Historicamente, os carros da alemã BMW são as referências no mercado de sedãs, tanto em qualidade e confiabilidade quanto desempenho. O modelo de maior volume da empresa, o Série 3, cada vez mais recebe melhorias e novas tecnologias que tornam seus modelos muito atraentes para todos os públicos.

A geração atual da Série 3, agora chamada F30, é a mais nova evolução de uma bem-sucedida seqüência de projetos de automóveis reconhecidos mundialmente pelas suas características dinâmicas. Os modelos vão desde o básico quatro-cilindros a gasolina 320i, passando pelos equipados com motores Diesel (não disponíveis para o nosso mercado, obviamente), até o topo de linha, o 335i seis-cilindros turbo.

Com preço de Porsche Boxster, quase R$ 300.000,00, o 335i não é exatamente barato por ser um Série 3. Em contrapartida, oferece ótimo desempenho e as comodidades de um sedã, como banco traseiro e porta-malas que carrega toda a tralha de uma familia em viagem. Ainda assim é um carro caro, verdade. Um BMW 535i com preço similar é mais espaçoso e requintado.

CONTINUE LENDO >>>

Friday 17 May 2013

WALTER HAYES, O GRANDE ESTRATEGISTA DA FORD

Hayes no centro, agachado, na companhia de Chapman, Hill e  Clark

Mencionei Walter Hayes (1924–2000) nesse post sobre o Ford RS200, e nosso editor rapidamente me lembrou que esse personagem era muito digno de um texto a seu respeito. Como não estou aqui para esquecer de pessoas importantes e principalmente entusiastas de automóveis, finalmente decidi pesquisar um pouco. 

O inglês Walter Leopold Arthur Hayes começou sua carreira no mundo do automóvel como jornalista e teve papel importante tanto na Ford, onde trabalhou por décadas, quanto na Lotus e na própria razão de ser da Cosworth.

Seu trabalho tem uma extensão notável mesmo após seu passamento um dia depois do Natal do ano 2000.

Ele foi, entre outras coisas, responsável pelo contrato de Jackie Stewart para animar um motor que ele sabia ser fabuloso, e pela concretização do mesmo Cosworth DFV como produto digno de patrocínio de um dos maiores fabricantes de carros de rua, a Ford Motor Company. O V-8 que dominou a Fórmula 1 por muitos anos, além de ter sido usado, em suas variações, até mesmo em provas de longa duração, se mostrou provavelmente o maior legado de Hayes na qualidade de executivo não técnico.

Como acontece comumente no mundo automobilístico, pessoas tem suas vidas e carreiras naturalmente cruzadas, e sempre que se busca algo sobre um personagem, nos deparamos com outros também muito conhecidos. Com Walter Hayes não é diferente. Sua associação com Colin Chapman começou quando convidou este para escrever uma coluna sobre automobilismo inovadora, com uma visão de construtor, no jornal Sunday Dispatch, onde Hayes era editor.

CONTINUE LENDO >>>

COLUNA "DE CARRO POR AÍ"





End eletrônico:edita@rnasser.com.br                     Fax: (61) 3225-5511                 Coluna 2013  15.maio.2013

Novo chinês, novo nível
Se lhe perguntarem opinião sobre o Lifan, SUV chino-mercosulino finalizado no Uruguai, responda que está num patamar evolutivo. É sintética porém correta visão, nesta quadra de tempo e de mercado onde convivemos com enorme leque de novas marcas e procedências. No caso, a poderosa e vária tropa chinesa vem apresentando marcas e modelos absolutamente desconhecidos, misto de curiosidade, preço, conteúdo, mas com ponto comum: em construção ainda não atingiram os níveis dos fabricantes tradicionais.
O Lifan X60 está nesta categoria evolutiva. Mantém as instigações, em especial conteúdo, equipamento e preço. Entrega a conformação sugerindo valentia, o posto de condução superior, a fortaleza com auto noção assumida pelo usuário. Complementa-a com leque das facilidades oferecidas pela eletrônica – chave não usada como chave, apenas como presença, piscas nos espelhos, faróis acesos 30 s pós desligamento do carro, TV, sensor de ré, e mais o arroz com feijão atual: ABS+EBD, ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos. O motor é de quatro cilindros, transversal, 16v com acionamento variável. Desloca 1,8 litro e produz 128 cv e 16,8 kgfm de torque. Suspensões independentes e freios a disco nas 4 rodas. Câmbio manual, com 5 marchas, tração dianteira.
Diferenças
Segue a receita traçada pelos JAC quando chegaram ao Brasil: completos, sem opções, a preço de concorrentes menos dotados. Os chineses, todos, não querem se submeter ao raciocínio que a origem os obriga a ser baratos. Lenta, mas inexoravelmente, aproximam-se dos carros de fabricantes tradicionais – e o preço vem junto. Preferem esculpir a imagem do carro completo a preço agradável. No caso, R$ 52.777.
CONTINUE LENDO >>>

Thursday 16 May 2013

GOL RALLYE E TRACK: MAIS DO MESMO

Gol Rallye, em quarta versão, e a novidade Track

A Volkswagen termina de atualizar sua linha Gol lançando o modelo “aventureiro”, o Rallye (acima, à esquerda), agora em sua quarta versão. Só que ele chega acompanhado do Track (idem, à direita), que pretende atrair pela simplicidade e menor preço. Enquanto o Rallye parte de R$ 45.850 e tem apenas motor 1,6, o Track traz motor 1,0, “decoração” mais simples e preço a partir de R$ 33.060. Como quase todos os “aventureiros”, a inspiração vem mais do marketing do que da engenharia. 

Tecnicamente, os dois novos Gol só diferem dos modelos convencionais devido a sua maior altura do solo. Enquanto o novo Track tem 23 mma mais de vão livre do solo (vem com aros de 14 pol. pneus de perfil 70), o Rallye é ainda mais elevado (28 mma mais de altura) devido a suas rodas maiores, de aro 16-pol com pneus 195/50R16. Curiosamente, o novo Track traz pneus de uso misto (algo como 60% asfalto e 40% terra), enquanto o Rallye tem pneus para asfalto. Ou seja, como se trata de uma versão mais acessível, a Volkswagen acredita que o Track será mais ferramenta de trabalho ou terá real uso em estradas de terra, o que raramente ocorre com os “aventureiros urbanos” e até com os utlitários esporte. 


CONTINUE LENDO >>>

Wednesday 15 May 2013

BMW K 1600 GTL: IDEAL PARA LONGAS VIAGENS

Fotos: autor

O motor de seis cilindros em linha, transversal, desloca 1.649 cm³ e rende 160 cv. Quando fiquei sabendo desses primeiros dados do motor, logo me veio a imagem das antigas italianas Laverda e Benelli, e também da japonesa Honda CBX 1000, motos de grande potência para a época, anos 1970, mas cujo motor pesado e com centro de gravidade alto tornavam-nas ruins de ciclística. Portanto, com esse meu antigo preconceito, e olhando para a K 1600 GTL, tive a impressão de que a moto seria pesada e desajeitada para a pilotagem. Mas bastaram alguns metros rodando para sentir que ela é bem mais maneira do que eu esperava; e bastaram algumas centenas de metros para sentir que ela acelera feito as mais fortes speed do momento. Vamos então saber por quê.

Mais uma obra-prima de tecnologia

CONTINUE LENDO >>>

Tuesday 14 May 2013

EXTRA: IRRESPONSABILIDADE DA CET + BURRICE = ACIDENTE

O Ka prata parado é de um casal, ela enfermeira, que prestou os primeiros socorros ao motociclista

Acabou de acontecer, colisão de carro (o Kia Sorento preto, com sacos de lixo nos vidros laterais) contra moto ou vice-versa. A foto foi tirada do meu apartmento no 18º andar e o local é Alameda dos Maracatins com Av. Jamaris, bairro de Moema, em São Paulo. Nesse momento em que escrevo chegaram dois motociclistas-bombeiros para o primeiro atendimento à vítima. Passaram-se mais de 20 minutos e ambulância, nada. Muito menos polícia. Já passa de 17h00.

Vamos ao porquê do título.

Irresponsabilidade da CET no sentido de o semáforo deste cruzamento estar com defeito há mais de 30 dias! Entra em amarelo piscante nas duas direções. Aí vem um(a) marronzinho(a), abre a caixa de controle e zera o sistema em poucos segundos, voltando o semáforo a funcionar corretamente. Às vezes fica bom um dia ou dois e volta o problema. Em outras ocasiões, mal o(a) fiscal se vai, dá-se o defeito.

O mais incrível é que agentes da CET são clientes habituais da padaria Boston Bakery dessa esquina (parte do teto é visível na foto, embaixo), sabem do problema e poderiam de alguma forma contribuir para resolvê-lo.

Duas vezes na semana passada precisei ajudar senhoras idosas a atravessar a rua. Inclusive ontem um idiota não nos viu na faixa e houve certo perigo.

A burrice fica por conta do motorista brasileiro, que vê um semáforo em piscante e pensa "Oba! Não está vermelho, não tenho que parar, viva!!"

Aprendi numa viagem aos EUA que quando os semáforos entram nessa condição, eles passam a valer como placa "Pare" em quatro-sentidos. Mas nem precisa chegar a tanto, basta um mínimo de inteligência, algo que anda bem em baixa nesta terra brasilis ultimamente.

Está explicado o título?

BS

Atualização 17h35: a ambulância só chegou 40 minutos depois do acidente. A polícia, meia hora.

CHARADE: SALVANDO UM JAPINHA DO FERRO-VELHO


Acessórios melhoraram a traseira, que parecia o Grilo Falante

O Daihatsu Charade simplesmente apareceu, obedecendo ao velho ditado: “Carro velho, quando tem de ser seu, cai no colo”. Estava vendendo uma Parati 2001, uma G3 completa e ótima. Descobri que era um mico. Ninguém queria por um simples detalhe, o seguro. Carrinho de pouco mais de R$ 20 mil, o seguro fica em mais de R$ 4 mil. Conforme o perfil do cristão passava dos R$ 5 mil. Apareceu um negócio que pareceu justo. O comprador mandou: “Vou levar uma Parati mico e você fica com outro mico. O “outro” era esse Daihatsu Charade 1994, um sedã com motorzinho 1,5-litro, boa aparência, carroceria íntegra sem porradas significativas, mas fumando mais que o dono. 

Gosto de mico e já tinham passado pelas minhas mãos um Charade hatch 1,3 (até hoje com meu filho) e um Cuore 0,85, que continua prestando bons serviços para o meu mecânico, o Renato Gaeta, de Tatuí City (SP). 

Resolvi encarar o mico japonês, ainda que ele se arrastasse numa nuvem de fumaça. Mesmo doente, ele teimava em rodar, com luz de injeção acesa, suspensão batendo e outras desgraças. No painel, pouco mais de 60 mil km rodados, enquanto a etiqueta de óleo na porta indicava a ultima troca com 110 mil km. Entrou por R$ 8 mil no rolo. 
CONTINUE LENDO >>>

Monday 13 May 2013

A MALDITA NEBLINA

Foto: phmailynews.net
 


O título deste post não é meu, mas de uma matéria que li numa revista Quattroruote décadas atrás, chamada apropriadamente "La maledetta nebbia", da qual não esqueço. Dirigir na neblina é talvez a condição mais crítica que existe ao volante de um carro, por isso mesmo extremamente perigosa – até para motoristas experientes, o que dirá quem está dando os primeiros passos ao volante. Maldita no sentido estrito.

A neblina é um fenômeno meteorológico entre tantos e se caracteriza pela condensação da umidade do ar junto ao solo. Ocorre quando o ar está frio, sendo por isso uma ocorrência típica do inverno, embora possa ocorrer fora dele. Estamos no outono do hemisfério sul e no mês que vem será inverno. E virá a neblina, especialmente nas regiões sudeste e sul.

Com a neblina – ou nevoeiro, mesmo efeito mas de origem diferente – a visibilidade fica seriamente comprometida. Além de não se enxergar a via à frente senão por alguns metros nos casos mais extremos, à noite se junta o efeito da luz dos faróis do nosso carro refletir nas gotículas d'água que constituem a neblina, piorando a situação.

Pode-se dirigir na pior neblina com  razoável segurança tomando-se certos cuidados:
CONTINUE LENDO >>>

Sunday 12 May 2013

FATALIDADE

Foto: r7.com

fatalidade
 
fa.ta.li.da.de 
sf (lat fatalitate) 1 Qualidade do que é fatal. 2 Acontecimento funesto, imprevisível, inevitável, marcado pelo destino ou fado. 3 Sucesso desastroso; desgraça.


Aquele meteoro que caiu na região da Rússia em fevereiro foi uma fatalidade, pois era imprevisível, inevitável. Acidentes de trânsito, quase sempre, não são fatalidades, são resultado de imprudência, principalmente, mas também de imperícia e negligência. Mas parece que virou moda, um ônibus sobe a calçada, atropela e mata pedestres e, adivinhem...foi uma fatalidade.
                                                               
Posso falar do Rio de Janeiro, que é a cidade onde resido. Aqui os coletivos transitam de forma totalmente irresponsável, e nenhuma providência por parte das autoridades é tomada, é como se fosse normal. A velocidade em si, como bem sabemos, não é o problema, mas o excesso de velocidade em local inadequado é combustível para tragédias.

CONTINUE LENDO >>>

Saturday 11 May 2013

Transparency and the Car Business

The new buzz word in the Auto Industry these days is “Transparency.” Let’s face it, the word is nothing more than the current euphemism for “One Price,” which has been proven to be an abject failure. The demise of the Ford Collection is the prime example. There are still Dealers using “One Price” as a strategy of Negotiation, but “One Price” ONLY works when there is more demand than supply. A Dealer’s fantasy is to wake up one day and find out that has nearest competitors have all gone “One Price.”

We could revisit the Saturn debacle, but why? How many times does the lesson have to be learned. Does anyone actually think Saturn was a success story?

Ever notice how it is the Silicon Valley types who want to change our business? Ever notice that they have never sold cars on commission or owned a Dealership before they set out to give Consumers what they think they want. These people are experts at running focus groups, although they don’t know the right questions to ask or how to interpret Consumer answers.

So lets set out to thoroughly discuss the issue of “Transparency” as it regards the Car Business.
“In economics, a market is transparent if much is known by many about:
There are two types of price transparency: 1) I know what price will be charged to me, and 2) I know what price will be charged to you. The two types of price transparency have different implications for differential pricing.

A high degree of market transparency can result in disintermediation due to the buyer's increased knowledge of supply pricing.

In economics, disintermediation is the removal of intermediaries in a supply chain, or "cutting out the middleman". Instead of going through traditional distribution channels, which had some type of intermediate (such as a distributor, wholesaler, broker, or agent), companies may now deal with every customer directly, for example via the Internet. One important factor is a drop in the cost of servicing customers directly.

This can also happen in other industries where distributors or resellers operate and the manufacturer wants to increase profit margins, therefore eliminating intermediaries to increase their margins. (In the case of the Auto Industry, the “intermediaries would the franchised new vehicle Dealers.)
“Disintermediation” initiated by consumers is often the result of high market transparency, in that buyers are aware of supply prices direct from the manufacturer. Buyers bypass the middlemen (wholesalers and retailers) to buy directly from the manufacturer, and pay less. (Buyers can also pay MORE because the manufacturer controls the market. Competition between Dealers is what maintains the price equilibrium Consumers aren’t smart or knowledgeable enough to appreciate.)
Price transparency can, however, lead to higher prices, if it makes sellers reluctant to give steep discounts to certain buyers, or if it facilitates collusion.” Excerpts from WIKI
In legal terms, and in the context of the Auto Business, “Transparency” means fully disclosing all information mandated by all applicable laws in exactly the way the law demands these disclosures take place. There is NO legal mandate that the Consumer has to be happy with the transaction. We have always known that a “Good Deal” is largely a state of mind.
Definition of “NEGOTIATE,” Merriam Webster:
  • to confer with another so as to arrive at the settlement of some matter.
  • to deal with (some matter or affair that requires ability for its successful handling): manage
  • to arrange for or bring about through conference, discussion, and compromise “ More WIKI Excerpts
A brief historical reference of Transparency Regulation in the context of the Auto Business:
New vehicles did NOT have a stated and posted price until 1958, when a law sponsored by Senator Mike Monroney of Oklahoma was passed. Trucks did not have a priced Monroney label until much later. “The window sticker was named after Almer Stillwell "Mike" Monroney, United States Senator from Oklahoma. Monroney sponsored the Automobile Information Disclosure Act of 1958, which mandated disclosure of information on new automobiles.” WIKI and commonly known

Even if the Consumer is prepared to pay the Auto Dealer’s asking price, the value of any trade in has always been a matter for Negotiation. There is no single wholesale value for any Pre-Owned vehicle. A vehicle is worth whatever a wholesale Buyer will pay at auction in a competitive bid situation on a given day. Typically, Retail Buyer’s want Retail for their trade, thinking the Dealer should sell their trade at Retail just to get their money back, for the privilege of selling a new vehicle.

Even in the most simple purchase situations, where a Dealer states his/her price and the Buyer accepts and makes the purchase, this is still technically a “Negotiation.” The stating of a price is a first pass of Negotiation. Regulation, beginning with the government mandated Monroney label, has forced Dealers to state their price instead of merely entertaining offers on sales. The Monroney law came into being after WW II, when Auto Dealers, who hadn’t had new vehicles to sell for years, were in a short supply, low demand situation. And they took advantage. After all, they had just been through a period of no supply and high demand and had previously experienced high supply and low demand during the Great Depression. Consumers were offended, preferring only to experience a market driven by higher supply than demand.

As a practical matter, it makes no sense for a Dealer to debate “transparency” with Consumers OR with those who have never had the experience of making a livelihood by selling vehicles or with those with a major investment in an Auto Dealership. They have no standing on the issue. In the Auto Business it becomes clear quickly that without substantial gross profit, one doesn’t eat very well. The Sales Person’s welfare or the Dealer making a profit are NOT concerns of most Consumers. Consumers typically have no understanding of what a Dealer’s Cost of Sales might be. They don’t typically care. But for some reason many Consumers think they have the right to know a Dealer’s cost structure. These same Consumers seldom ask cost and margin questions of other retailers. At the least they don’t want to pay more than other Buyers of the same product. That’s no surprise. Neither do I. But if I buy from a “One Price” Dealer there is NO ASSURANCE that others aren’t buying for less than I do. After all, there are always competitive Dealers who are happy to work from their “One Price” competitor’s Best Price.

All car buyers negotiate in some fashion and to some degree. Car buyers typically think they are entitled to be quoted a price to take to competitive Auto Dealers. The first Dealer either accommodates, or doesn’t. If the Buyer doesn’t like a Dealer’s Negotiation Strategy, they are free to find one that gives them what they want. In other words, the market works in the Buyer’s favor. The Car Buyer can find another Dealer more quickly than the Dealer can find another Buyer. Consumers are NOT held to the same laws and ethics that Dealers are obligated to. So the Consumer holds all of the advantages, EXCEPT, in most cases, the Dealer has more experience Negotiating car deals and possesses more accurate information. Providing equal information to a Car Buyer would, in theory, create an efficient market that could commoditize new vehicles. This could theoretically eliminate Dealers. But then who would take the trades? Who would arrange the financing? And who would teach Consumers how to interpret all of the information?

In Business, it is also clear that if a Negotiation takes place, and neither party gets their “feathers ruffled,” someone left money on the table.

So what do Car Buyers really want? They want a guarantee that they will WIN the Negotiation. They want a guarantee that the Dealer will quote them a price that they can validate in their own mind by using what the first Dealer provided to shop other competitive Dealers. This has not changed in my 43 years in the Auto Business. Only the method of delivery of the information has changed, as well as they ease with which a Consumer can shop. If a Dealer doesn’t play along, they are vilified, not only by Consumers, but OFTEN by 3rd Party Vendors who appeal to Consumers and who also depend on Auto Dealers for revenue. But the Market works. If Consumers are unhappy with one Dealer, they can go to the next. They can also make use of information provided by the Vendors, although these Vendors are at risk if they also depend on Dealers for revenue.

As it involves the varying definitions of “Negotiation,” many Car Buyers would prefer to have the Dealer disclose the triple net cost of their product, and then “Negotiate” the “Margin.”
So how does one sell New Vehicles in this environment? Most Dealers attempt to provide Consumers with a “Perception of Transparency” as a Negotiating strategy, since TRUE Transparency would prevent making a Gross Profit high enough to pay overhead expenses. We currently do not have true Transparency and we are still seeing considerable margin compression.

The Consumer has the ability to shop until they find an Auto Dealer Negotiation strategy they like. Some give up and buy because they were worn down, lost patience, and gave in. Others depend on the Dealer to arrange financing which may be more important to them than the price of the vehicle.
Despite the massive amount of regulation that has been imposed on the Retail Auto Business, the current Market Driven system has sold up to 17 million vehicles in a year. Some might say the system has served us well over the years despite the fact that many Consumers are aggravated by the process. To those Consumers, I say, “Keep shopping until you find the Dealership shopping experience that gives you what you want.” Let the Market work.

Dealers are not typically completely “Transparent” with their own Sales People and Managers. Why should they be? It is human nature for Sellers to give away potential profit in an effort to make a sale. The cost structure of a new vehicle is so complicated that even Dealership management staff has a hard time understanding it. In many cases, the true cost structure is not determined until a Dealer receives a check based on the achievement of objective over a period of months. With all of the possible incentives, including “Conquest Incentives, “Realator Incentives, Plumber Incentives, Glass Company Incentives, First Time Buyer Incentives, Fleet Incentives, Special Bid Incentives, College Grad Incentives, Employee Purchases, various “Private Offers,” Returned Military Incentives, and many more, plus variations of the above. Trying to provide all of this information, including teaching Consumers the elements of the wholesale market would be overwhelming to most. It would be akin to drinking from a fire hose. There is a considerable learning curve when training new Sales People. Consumers aren’t typically going to understand it all when they are only buying a vehicle every few years.

New hires entering the Auto Business as Sales People bring their perceptions as a Consumer to their new job. Like me 43 years ago, most were convinced in the beginning that selling cars would be easy. All one would have to do is to quote the lowest price and make up the loss of margin in additional volume. What a revelation us veterans of the business had when we found out that Consumers had no loyalty. There has never been such a thing as the “best price,” despite the fact that Consumers typically think there is. As an early “price quoter” I was the one who spent the time, gave a detailed product presentation and demo drive, only to find many of my prospects, who had promised to “Be Back,” had bought from a competitor who had beaten my “Best Price” by a small margin. Occasionally, deals are lost because one appraiser might see more value in a trade in than another.
To be clear, some Auto Dealer attempts at negotiation are more “artful” than others, and crude attempts at Negotiation generally fail. The Consumer isn’t harmed, except for some wasted time. They are certainly given “grist for the mill” in their complaints about “Negotiation.” They are free to keep shopping for that Dealer who gives them what they seek. But then some Consumers are never satisfied.

I recall a time when my boss, the Dealer himself, quoted me a price that involved a $1K mistake in my Customer’s favor. I presented this price to my Customer who then railed about us being crooks, cheats, and liars. After shopping our quoted price the Customer later slunk back into our Dealership to take try to take advantage of the mistaken quote. And because we didn’t honor the price from two days earlier, we were crooks, cheats, and robbers all over again. A good deal is as much perception as reality.

Let’s discuss “Transparency” as a practical matter in the modern Internet driven Auto Market. The most demanding Consumers are the ones who have 720 and higher credit scores. They know they have good credit and can buy what they want. They are the ones who are most analytical and the most demanding of information to shop with. They are the ones who feel most entitled to be able to determine the “Best Price” from the convenience of their office chair using the Internet, entertain competitive quotes from Dealers all vying for their business, and to make a purchase decision without spending a lot of time or going through a more traditional process of negotiation. They will typically visit a dealership for a demo drive and to gather additional information, then retreat to their computer to use the Internet to “Negotiate” the price as they try, often successfully, to get Dealers into a bidding war with each other. The fact is, this niche of Buyers make a LOT MORE NOISE than their numbers would indicate. This group makes up LESS THAN 30% of Consumers. And of that 30%, at least 5% of those have a debt payment to income ratio that does NOT guarantee them financing. All other Car Buyers have a legitimate concern that they might not gain credit approval for a Car Loan at optimum terms and interest rates. AND without the help of Dealers and their market power, many of these could NOT gain a car loan on their own. Does anyone with common sense believe that the Retail Auto Industry should turn itself upside down over 25% percent of Consumers who represent less than 15% of total Vehicle Sales Gross Profit?
 
In this current environment Manufacturers are coercing Dealers into ever higher overheads through ridiculous “Image Programs.” What happens if margin compression makes the selling of vehicles unprofitable to Auto Dealers? A quick look at history will give an indication. When I entered the auto business in 1970, the Markup on large vehicles was 22.5 percent, plus a 2 – 2.5% “Hold Back” that was paid to the Dealer every quarter or at year end. Imports typically had no “Hold Back” in those days. Deals were transacted OVER “Invoice,” the amount the Manufacturer drafts the Dealer’s floor plan account when the vehicle leaves the assembly plant, sometimes before. There was little “Trunk Money,” money rebated to the dealer based on “Stair Step” programs and other incentives based on achievement of an assigned objective. In other words, “Invoice” had meaning. Today “Invoice” has little meaning. Consumers routinely take delivery of a new vehicle for LESS than the Dealer has to pay off at his/her lender. The “Markup over invoice today is less than 10%. Manufacturers have raised the MSRP to accommodate both the cost of rebates and subventions, but also the “Trunk Money.” In 1970 F&I revenue represented a relatively small portion of Gross Profit on a per deal basis. Today the per deal F&I gross profit runs from $1K to $1.5K. Labor rates in Dealer Service Departments were reasonable in 1970. Today, $100. plus per flat rate hour isn’t unusual. Are you starting to get it now?

Many Consumers think Manufacturers should cut their Franchise Dealers out of the equation. First, there are laws in place to protect those Dealers, all of whom have made substantial investments in their businesses. Secondly, the OEMs would need Ben Bernanke's printing presses running full time to ever come up with the amount of capital required to replace their Dealers. It ain't gonna happen.

The Bottom Line:
  1. Consumers already have the market slanted in their favor
  2. Consumers can readily shop
  3. If Consumers don’t want to “Haggle,” let them find a Dealer who will give them what they want.
  4. Vendors who started their businesses depending on dealers for their initial revenue, and who now turn on those dealers and demonize them in an effort to convince consumers to turn to them for “protection” from the villains, and who provide even more downward pressure on gross profits, can expect push back and a lack of cooperation from auto dealers.
TrueCar, CarFax, Cars.com, and some others have paid a price for pushing Dealers too far by providing Consumers additional tools to help them in the effort to compress margins, often depending on Dealers to support their efforts. These Companies have every right to do what they are doing and/or have done, but they are unrealistic if they expect there to be no push back from Dealers. I suspect there are some others, including Kelly Blue Book and their version of the “Bell Curve, recently abandoned by TrueCar while under fire from Dealers, who will be a target for Dealer push back.

As long as the Franchise Dealer system is in place, trades are taken, and financing not a given, there will be no completely “Transparent” and “Efficient Market” that commoditizes pricing in the Retail New Vehicle Business. Is this a surprise, or just common sense? The current system has served us well and will continue to do so. 
 
At the recent JD Power/NADA conference held in March in New York City, noted Auto Industry analyst Maryann Keller spoke optimistically about the conventional system of selling cars in the U.S. “Over four decades, I’ve heard many arguments made against the Franchise Dealer system.” They are claims Dealers never fail to disprove time and time again.”

One myth promulgated in the 1990s, and now resurfacing with Tesla’s effort to run its own sales outlets, is that factory stores save money by reducing distribution expenses, wrongly estimated at 30% of the total cost of a car.

Put aside for a moment that the percentage itself is way off, Keller says. Ford’s ill-fated Auto Collection experiment in certain markets during the late 1990s proved that Auto Companies are good at a lot of things. Running Dealerships isn’t among them. Dealers with entrepreneurial spirit are good at doing that.

Ford ended its bad-science experiment after a couple of years of market share losses and mounting evidence that Factory Stores do not deliver a better customer experience nor reduce costs.
Franchise dealers’ cumulative investment in land, equipment and facilities easily exceeds $100 million, Keller says. “Dealers fund 60 days of inventory and another month of inventory in transit that would otherwise fall to the Auto Maker.”

The inventory buffer allows auto makers to adjust future production levels. For a company like Ford, U.S. inventory funding equals about $15 billion at any point.

“While we are talking about myths, how about the still-repeated one that people hate Dealers so, if given the chance, they will buy a car online,” Keller says. “I almost don’t know where to start in taking this one apart.”

Not all that long ago, Silicon Valley funded and lost hundreds of millions, maybe even a billion dollars, on ill-fated ventures that promised to sell cars online.

“CarOrder.com, Greenlight.com, and CarsDirect.com (in its original configuration), among others, all promised to avoid the dealership experience,” Keller says. “A few actually did that by buying cars from Dealers, and then reselling them at lower prices to customers until they blew through their capital.”

She recalls the defunct Build to Order.com. It proposed that customers would place orders for fully customized cars while lounging in a company-owned showroom/entertainment center. “Build-to-order.com never built anything for anyone,” Keller says. Priceline.com’s experiment of trying to sell cars online was in some respects replicated later by TrueCar.com, which ran afoul of franchise laws for the same reasons Priceline did.

“What I learned then, and this is still true today, is that we could connect Buyers with Dealers and that the price of a vehicle was the easiest part of a deal,” Keller says. “The other elements are harder to control and often the cause of frustration for the Customer and the Dealer. People don’t like to hear that their trade isn’t worth the value they saw online or that their poor credit doesn’t qualify them for the no-down-payment, 0% loan.”
Buying a car is as complex as buying a house, Keller says. “Why should we think it should be as easy as buying a pair of shoes from Zappos with a return receipt in the box in case they don’t fit?” While much Auto Advertising has shifted from newspapers to the Internet, that transition “has not reduced Advertising expense per vehicle or made buying a car as easy as buying a book,” she says.

Another salient Keller point:
“Add up all the monthly traffic to all automotive sites, including auto makers, dealers and independent sites, and you’d get more than 100 million, possibly close to 200 million, unique visitors using the Web to get information about buying or selling a new or used car.
Except there’s one problem, if this traffic is somehow supposed to represent potential sales.” Dealers retail about two million new and used cars a month. That’s a fraction of all those automotive website visitors.”
“So just like newspaper, radio or TV advertising, Dealer spend on the Internet is likely no better targeted, once again dispelling the notion that the Internet would solve the age-old problem of knowing which 50% of a dealer’s advertising works.”
Technology is wonderful. Dealers have adapted to it. Sophisticated software helps them manage every aspect of their business. But it will not fundamentally change Auto Retailing, Keller says.
“The system of Franchised Dealers – using their own risk capital to fund their businesses and guarantee millions of dollars of inventory, promote their own brand and that of their OEM, provide the expensive tools needed in their service departments, and manage the endless headache of a workforce – will not be superseded by technology or Factory Owned Mall Stores.”
Keller predicts start ups such as Tesla, which currently runs factory-owned mall stores, ultimately will conclude “the dealer network is the best way.”

I would only add this. As long as Auto Makers understand that Dealers are their Customers and the End User is the Dealer’s Customer, things will be fine.