Friday, 16 August 2013

AS FALSAS SENSAÇÕES DE RISCO E SEGURANÇA – SEGUNDA PARTE


Seriam os testes de impacto tão assustadores assim?

Sob um teto estrelado

Esta e a próxima parte deste artigo vão de encontro a uma histeria paranóica relativamente recente: a segurança.

Eu já perdi as contas de quantas pessoas falaram ao pé do do meu ouvido “Só compro carro com ABS e airbag.”, “Eu escolho meu carro pelo número de airbags. Quanto mais, melhor...”, “Andar de carro velho sem ABS e airbag? Tá maluco?”, “Você viu? O carro x teve só 1 estrela no último Latin NCAP. Aquilo é uma armadilha sobre rodas!...”, e por aí vai.

Mas enfim, o que há por trás da sopa de letrinhas e das estrelinhas dos testes de impacto? Será que um carro sem isso é tão mais letal que um todo equipado? Será que o carro absolutamente seguro é real ou somente um mito? E quando compramos um mito, e a realidade ocorre da pior forma para desmascarar o mito? São perguntas como estas que as duas  partes se propõem a responder.

Uma observação importante sobre segurança

Lembrem-se dos carros que seus pais, avós, tios e conhecidos dirigiam 30 ou 40 anos atrás. Estes carros não possuíam o refinamento dos projetos de carroceria feitos por computador, nem a grande sopa de letrinhas eletrônicas de auxílio. Entretanto, do ponto de vista puramente mecânico, estes carros já eram muito parecidos com os carros modernos.

Ao dirigirem estes carros com segurança, nossos pais precisavam manter uma certa margem de manobra e de erro. É bom lembrarmos dessa referência quando falamos de carros mais seguros.

Mas o que significa exatamente um carro mais seguro? Significa que, se dirigido com a mesma margem de segurança com que os carros do passado eram dirigidos, as novas tecnologias oferecerão uma margem adicional de segurança para os imprevistos.

Cada nova tecnologia ativa trabalhará para oferecer uma margem maior que evite que o acidente ocorra, mas caso ele não possa ser evitado, cada nova tecnologia de segurança passiva age no sentido de minimizar os danos sofridos.

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