Isso faz uns 20 anos. Era um fim de tarde na fazenda e um parente rico que lá estava hospedado me emprestara um Porsche 911 conversível, vermelho, e ainda dos com motor arrefecido a ar, 2,7 litros; motor que quando em alta emite aquele berro rascante de arrepiar. Não tive dúvidas, chamei a minha mulher e a Na, a mulher do Didú, meu amigo de infância, casal que também lá estava hospedado, e fomos os três brincar com o 911. A Na é essa loira bonita das fotos, e informo que ela adora descer a lenha de conversível. Tinha um Karmann-Ghia quando se casou com o Didú e eu achava bárbaro sair com eles, eu espremido lá na banheirinha de trás, sempre ela guiando, e muito bem, e rápido, e lenha da boa.
Pegamos o 911 conversível e tocamos para a estrada completamente vazia, dessa vez a Na é que foi espremida atrás; espremida mas nem aí, pois ela bem sabia que a coisa ia ser do jeito que ela gostava. O 911 deu o que tinha, algo em torno de 230 km/h, minha mulher quase apavorando, enquanto a Na ia rindo às gargalhadas e mandando descer lenha sem fim. Lembro bem de com o rabo de olho ver seus cabelos loiros espadanando ao vento, Bela cena, belo fim de tarde, boas companheiras.
No comments:
Post a Comment