Thursday 24 October 2013

O DODGE DART DO MEU PAI

(foto: divulgação da época)

A 1ª ia a 70 km/h, a 2ª a 130 e a 3ª chegava a 180 km/h; isso no velocímetro. Que mais detalhes o caro leitor pode esperar de um autoentusiasta de 14 ou 15 anos? O negócio era esse e boa; era ver até onde iam as marchas daquele cupê V-8 na estrada vazia que cortava a fazenda. A reta ali é longa e relativamente plana, e o asfalto era novo e bom. Então, lenha. Mais marchas ele não tinha, nem precisava.

O Dart era estável. Bom carro. Sólido, robusto. Suspensão firme, bem mais firme que a do Galaxie, seu superior hierárquico na cadeia de status, e até mais firme que a do Opala, seu inferior, mas rodava suave e o motor virava liso, gostoso. E o Dart chegava a ser ágil para o porte; seu belo V-8 de 5.212 cm³ em muito contribuindo para isso, pois a grande potência em baixa o levantava de giro com muita facilidade estivesse lá em que marcha estivesse. As marchas eram poucas e boas: só as tais três mais a ré, alavanca de câmbio na coluna, a ré puxando a alavanca contra uma mola e levando-a para cima; a 1ª mesma coisa só que a alavanca ia para baixo; a 2ª tirando a alavanca da 1ª e soltando-a, no que ia para frente, sua “posição natural” empurrada pela tal mola, depois 2ª para cima e 3ª, para baixo. Para a 3ª marcha entrar bastava embrear e descansar a mão na alavanca quando em 2ª marcha que ela caía naturalmente para 3ª. O Opala e o Galaxie também eram assim, mesma disposição do conhecido "câmbio universal", tal qual a do Jeep Willys e do Ford Modelo A, só que vista por outro ângulo, pela lateral, por ter a alavanca no assoalho.

Como se vê, um carro era uma coisa bem mais simples (foto: divulgação da época)

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