Saturday 11 January 2014

EDUCACIONAL: IMPREVISTOS ESTÃO À SOLTA

O leitor do AE Lorenzo Frigerio, que já consideramos um amigo, fez a gentileza de mandar um comentário com link para o vídeo abaixo, exibido no YouTube pelo governo da Nova Zelândia (notem os volantes na direita). Embora o Lorenzo dissesse ser off-topic, pois foi no post do Milton Belli sobre o Bricklin SV-1, não o considerei como tal.

O tema é um alerta para a velocidade incompatível com a situação no evento de um imprevisto qualquer acontecer, como o motorista do suve acessar a estrada no entroncamento achando que "dava tempo", sem avaliar corretamente a velocidade da perua que se aproximava do ponto.

A idéia de parar o tempo — mas não que o acidente fosse evitado —, reputo-a magistral, pois dá total fidelidade à situação, os motoristas se explicando, um achou que dava para entrar, outro admitiu que vinha muito rápido (e pede desculpas pelo acidente que vai acontecer, para desespero do pai do menino no banco traseiro do suve). Notem também que o motorista do suve obedeceu à placa "Stop", parando na linha de retenção, mas errou no julgamento.

A perua nem vinha tão rápido, não estava nem a 110 km/h, mas para aquela situação era muito. É por isso que nos trevos rodoviários deve-se reduzir bem a velocidade (as placas de limite o determinam), pois quem vai cruzar geralmente não sabe avaliar velocidade do tráfego na transversal; o mesmo para os pedestres.

É exatamente o mesmo motivo de os aviões dentro de uma Área Terminal (TMA) terem limite de velocidade, 250 nós, ou 450 km/h,  para todos, o Controle de Tráfego Aéreo principalmente, saberem que todo mundo está no máximo a essa velocidade. Mesmo motivo também para a velocidade da frente de box ser limitada, pois há carros entrando e carros saindo.

Por último, e sei que tem gente que não vai gostar e vai me criticar, mas esse tipo específico de avaliação de velocidade por quem vai acessar uma via ou rodovia fica totalmente prejudicado se o carro tiver sacos de lixo nos vidros laterais dianteiros, mesmo que não tenha no pára-brisa.

Os códigos de trânsito daqui e do resto do mundo estão certos, os vidros de condução não podem ser escurecidos além de determinado ponto.

Observem que a campanha do governo neozelandês não é tipo "devagar", "não corra", "velocidade mata" e outras baboseiras que os boçais adoram dizer, mas "Viagens mais seguras" (Safer Journeys), como pode ser visto no canto inferior direito do vídeo. 

BS



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