Monday 10 February 2014

KIA CERATO, UMA GRATA SURPRESA

Fotos: autor


Antes de falar do Cerato penso que vale a pena um breve relato sobre a Kia, pois acho que poucos têm dimensão do que a marca representa. A sul-coreana Kia nasceu em 1944 como fabricante de quadros de bicicleta mas só passou a produzir carros em 1974. Em 1997 passou a fazer parte do grupo Hyundai quando foi comprada no meio da crise asiática. Era dona da Asia Motors (lembram do Topic e do Towner?) que em meados dos anos 1990 anunciou a construção de uma fábrica no Brasil, em Camaçari (BA), em troca de benefícios fiscais. Os benefícios foram utilizados mas com a falência da empresa em 1999 a fábrica não saiu do papel. Como a Kia era sua dona, para o governo brasileiro ela deveria arcar com a dívida e isso estava impedindo o avanço de uma possível fábrica da Kia no Brasil. Mas em 2013 essa pendência foi resolvida pela justiça, isentando a Kia dessa dívida.

O Grupo Hyundai-Kia é  quarto maior fabricante de veículos automotores do mundo, com produção ultrapassando 7 milhões de unidades em 2012, sendo a Kia responsável por 2,7 milhões, aproximadamente. Isso coloca a Kia na frente de marcas importantes como Renault, Peugeot, Citroën, Mitsubishi, Chrysler e Fiat. E se consideramos toda a sinergia de desenvolvimento tecnológico e estrutura de custos dividida com a Hyundai, dá para se ter uma idéia do poderio da Kia. 

No Brasil, a Kia vinha numa ascendente até alcançar mais de 77 mil unidades emplacadas em 2011 com uma linha bem completa e atualizada, incluindo motores flex. No entanto, a partir de 2012 com a sobretaxação do IPI para veículos importados em 30 pontos porcentuais, os emplacamentos diminuíram drasticamente para 41.510 unidades em 2012 e 29.135 em 2013. Para reverter esse quadro, só fazendo uma fábrica no Brasil, ainda sem uma perspectiva mais clara. Com toda essa taxação adicional a competitividade fica muito comprometida, uma vez que a relação custo-benefício tem um limite estabelecido pelo mercado ou concorrentes.

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